Ambiental e Comunidade

O Terminal de Contêiners de Paranaguá (TCP), durante o mês de julho, avançou em diversas ações do Programa Básico Ambiental do Componente Indígena (PBA-CI) e do Programa de Gestão dos Bens da Cultura Imaterial Guarani Mbya. Estes projetos visam promover a preservação ambiental e o bem-estar das comunidades indígenas da região litorânea do Paraná.

O Grupo de Trabalho (GT) da aldeia Pindoty se reuniu para conhecer as diretrizes da PNGATI – Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas, que visa garantir a proteção, recuperação, conservação e uso sustentável dos recursos naturais das terras indígenas sem interferir em sua autonomia sociocultural.

As aldeias Karaguatá Poty e Guaviraty foram consultadas e validaram o projeto de piscicultura (criação de peixes), com vistas à ampliação de sua segurança alimentar.

Nos encontros de agroecologia, que acontecem periodicamente nas aldeias, realizaram-se plantios de graviola, olho de cabra e outras espécies de interesse guarani. Neste contexto também se iniciou a construção de uma pequena ponte para acesso a áreas tradicionais de plantio da comunidade Pindoty. A aldeia Guaviraty por sua vez, recebeu uma oficina de controle de espécies invasoras de flora, além de aulas de informática, onde foram promovidos o uso do aplicativo Word e a manutenção da fanpage da comunidade. A equipe executora se fez presente na reunião da Secultur de Paranaguá, referente à vinda de navios de cruzeiro para a cidade, momento considerado fundamental para a participação dos indígenas no turismo regional. Alinhado ao desenvolvimento do turismo nas comunidades, os artesãos da aldeia Pindoty participaram do Encontro Anual de Veículos Antigos e Especiais, vendendo seus artesanatos para os turistas e participantes desse encontro.

Ainda na comunidade Pindoty foi iniciada a construção de uma nova casa de reza, sendo a TCP responsável pela compra do telhado tradicional de taquaras, produzido na aldeia Rio Areia – Inácio Martins/PR.

A aldeia Kuaray Guatã Porã, de Guaraqueçaba, realizou, no mês de julho, o Nhemongaraí, ritual tradicional de bênção das sementes e nomeação das crianças.

No contexto do programa IPHAN foi realizada ainda a reunião de curadoria compartilhada de registros no Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) de Paranaguá, que reuniu pesquisadores indígenas e não indígenas, com o objetivo de organizar a exposição que ocorrerá em 2025 neste museu.

Também foram mantidas ações contínuas como abastecimento de água, apoio com transportes, pagamento de telefonias, fornecimento de internet, apoio com insumos básicos de saúde, pagamento das bolsas de monitorias, fundamentais para o bem-estar das comunidades e para sua participação nas ações desenvolvidas.

Isabelle Veloso Sousa