TCP

Equipamento que simula operação de guindastes RTG e STS proporciona treinamento mais seguro e eficiente para profissionais

A TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, acaba de adquirir um simulador de treinamento para capacitar novos operadores de RTGs (guindaste pórtico sobre pneus de borracha) e STSs (guindastes que carregam e descarregam contêineres nos navios). Importado dos Estados Unidos, o simulador Essential Plus, da empresa GlobalSim, proporciona um ambiente de treinamento extremamente realista e preciso, melhorando significativamente a capacitação dos operadores.

Leandro Laureano, gerente de operações da TCP, ressalta: “esta tecnologia será usada para preparar novos operadores e para aperfeiçoar as habilidades de nossos profissionais mais experientes, pois ela proporciona um treinamento de alta qualidade, em ambiente controlado, onde podemos simular múltiplos cenários, como, por exemplo, condições climáticas adversas, contêineres de vários tamanhos, e diferentes tipos de navios”.

O estudo dos benefícios da solução, escolha do modelo, e acompanhamento dos processos de construção, montagem e entrega do simulador ficaram sobre a responsabilidade da equipe de tecnologia do Terminal. “A principal vantagem de adotar este equipamento é a segurança, pois o treinamento em ambiente controlado faz com que qualquer intercorrência não traga riscos aos alunos e instrutores, as operações do terminal, e aos bens de nossos clientes”, explica Walter Maria Junior, gerente de TI da TCP.

Cruciais na movimentação dos contêineres do terminal, os operadores de RTG e STS lidam com guindastes que pesam mais de 1.000 toneladas e que possuem altura de 24 e 68 metros, respectivamente. Segundo Junior, “as dimensões desses equipamentos justificam o investimento no simulador, porque, no longo prazo, estamos reduzindo o desgaste dos equipamentos e a emissão de gases poluentes pelo consumo de diesel, uma vez que o treinamento não precisa ser realizado exclusivamente no equipamento real. Ou seja, o fator sustentabilidade também foi relevante para esta escolha”.

Simulador na prática: experiência imersiva e segura 

O simulador é composto por duas estações, um posto para o instrutor e outro para o aluno. Equipado com quatro monitores, dois mouses, dois teclados, dois joysticks e uma impressora, o posto do instrutor permite a criação de cenários variados, como operações com neblina, ventos fortes e tempestades, além de situações em que o contêiner tem problemas nos corners, sobrecarga, carga não uniforme, excesso de altura, uso de acessórios para a operação e operações em diferentes tipos de navios.

Já a estação do aluno simula a cabine de operação, proporcionando uma experiência imersiva com quatro monitores, uma cadeira de movimentação e quatro consoles. “Dessa forma, o simulador oferece uma visão detalhada do desempenho dos operadores, incluindo trajetos de carga e descarga, velocidade de movimentação, e outros parâmetros cruciais”, explica Laureano. O simulador também gera relatórios e gráficos detalhados, além de possuir um sistema de replay para análises de desempenho posteriores, promovendo a melhoria contínua e a mitigação de riscos operacionais.

O Terminal iniciou a análise para a aquisição do simulador em setembro de 2021 e, após a sua chegada em abril deste ano, os especialistas de operação passaram por um treinamento para dominar o software e suas configurações. A primeira turma de operadores de STS, composta por cinco novos colaboradores, começou seu treinamento com o simulador em junho; a previsão é finalizar o treinamento na metade de julho.

TCP amplia parque de guindastes RTG e gera novos empregos

Novas máquinas possuem 24 metros de altura. Foto: divulgação/ TCP.

No final do último ano, a TCP recebeu 11 novos RTGs importados da China. Com 24 metros de altura e capacidade para içar 41 toneladas, esses novos guindastes são equipados com tecnologias de segurança avançadas, como mapeamento de pilha a laser e sistema anti-levantamento de carreta.

A chegada dos novos equipamentos representou um crescimento de 38% no número de guindastes RTG, que passou de 29 para 40. Como resultado, 65 novos postos de trabalho para operadores dessas máquinas foram criados, estimulando, também, a necessidade por investir em novas tecnologias para capacitação dos profissionais.

Vinicius Valginhak