Sustentabilidade

Instituição espanhola conheceu a estrutura do Terminal e iniciativas adotadas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa

Na tarde desta quinta, 23, a TCP, empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá, recebeu uma comitiva da Fundación Valenciaport, instituição da Autoridade Portuária de Valência, na Espanha, que atua como centro de pesquisa aplicada, inovação e treinamento para o setor portuário e logístico.

A chegada da equipe à TCP acontece após o centro espanhol de pesquisa e inovação apresentar à comunidade portuária da Portos do Paraná as etapas para a elaboração do Plano de Descarbonização da empresa pública, projeto que está sob o desenvolvimento da Fundación Valenciaport. “Esta visita nos traz uma visão mais ampla do funcionamento e operação de cada negócio para que possamos interpretar melhor os dados que iremos receber”, disse Jussara Neto Mendes, consultora sênior da fundação.

Durante a visita técnica, a comitiva conheceu as instalações do terminal e iniciativas que já foram adotadas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa na operação portuária, como os dois RTGs convertidos à energia elétrica. Utilizados na movimentação das cargas que chegam à TCP por meio da ferrovia, eles emitem 97% menos CO2 do que os modelos a diesel.

“Além da operação pelo modal ferroviário ser mais sustentável, a eletrificação dos dois RTGs que efetuam a carga e descarga de contêineres na ferrovia contribui para uma redução de 506 toneladas na emissão de gases de efeito estufa ao longo de um ano de uso, o que representa um passo importante rumo a descarbonização do Terminal”, destaca Kayo Zaiats, gerente de saúde, segurança do trabalho e meio ambiente da TCP.

Outra medida adotada recentemente pelo Terminal foi a aquisição de um ônibus elétrico, modelo D9W 20.410, da marca BYD, que transporta os colaboradores pelos mais de 480 mil metros quadrados do pátio de operações. Zaiats explica que “além do ônibus reduzir as emissões de dióxido de carbono, garantir que a energia elétrica utilizada na TCP seja proveniente de fontes limpas também é uma meta da companhia”.

Em 2022, toda a energia elétrica comprada pela TCP teve origem em fontes renováveis, garantindo, assim, a conquista do selo I-REC (Certificado Internacional de Energia Renovável, na sigla em inglês), comprovando o compromisso do Terminal em reduzir as emissões de gases de efeito estufa no consumo de eletricidade.

Ao término da visita, Jussara ressaltou que “sem dúvidas, a TCP é um terminal moderno e muito à frente do seu tempo, acompanhando o que está acontecendo de mais moderno em descarbonização e transição energética no mundo”.

TCP na rota dos “navios verdes”

Em janeiro de 2024, a TCP recebeu o maior navio porta-contêineres movido a biocombustível a operar na costa brasileira: o CMA CGM Bahia. Movido a Gás Natural Liquefeito (GNL), a embarcação construída em 2023 possui 336 metros de comprimento, 51 metros de largura, e capacidade para transportar 13.200 TEUs (medida equivalente a 20 pés de comprimento de contêiner).

O navio faz rota que conecta Paranaguá ao extremo oriente e já atracou outras vezes no Terminal. “A operação de uma embarcação como esta vai ao encontro dos objetivos da TCP e de toda indústria da navegação de promover maior eficiência energética em suas operações marítimas, além de atender uma demanda cada vez mais importante para o mercado e para nossos clientes” afirmou a gerente comercial de armadores da TCP, Carolina Brown.

Isabelle Veloso Sousa